Entrevista #24

31 de julho 2017

 

Nelson Fonte

MEDIDOR ORÇAMENTISTA | PRESIDENTE TRIUMPH MOTO CLUBE PORTUGAL

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Ridding the World!

Nacionalidade: Portuguesa

Naturalidade: Francesa

Idade: 39

Função: Técnico de Medição

No Grupo Casais desde 2008

Em que mercados/empresas do Grupo já trabalhaste? Casais Engenharia e Construção, em Portugal

 

Lema de vida: Quatro rodas movem o corpo, duas movem a alma!

A paixão de Nelson pelas motas começou quando ainda era uma criança. Hoje, é Presidente do Triumph Moto Clube de Portugal. Considera-se um “PetrolHead” e gosta de partilhar esse interesse com os que o rodeiam.

 

Admira “tudo o que tenha motor”, desde que se lembra. Com o passar do tempo, o gosto foi ficando cada vez mais intenso. “Não tive ninguém que me incentivasse. Foi uma coisa que nasceu e cresceu dentro de mim”, revela o técnico de medições da Casais. Não teve contacto com motos mais cedo porque os pais não o apoiavam, achavam perigoso. No entanto, o sonho persistiu. Em 2010, comprou a sua primeira moto, ainda sem prática e sem a experimentar. “Comprei a minha Triumph Street Triple 675, a ‘negrinha’, como lhe chamo. Foi uma sensação muito boa, ia para todo o lado com ela, até para comprar pão!”, recorda. Foi amor à primeira vista, e ela não desiludiu. Ainda hoje a tem e não tenciona trocar. Gosta de várias marcas e já experimentou algumas, mas continua a preferir as Triumph, pelo facto de serem exclusivas e emblemáticas.

“Não tive ninguém que me incentivasse. Foi uma coisa que nasceu e cresceu dentro de mim”

Especificações da moto

Marca: Triumph

Modelo: Street Triple 675

Cor: Black Phantom

Motor: 3 cilindros, 4 tempos, DOHC 12 válvulas; 675cc - 110cv

Caixa: 6 velocidades

Peso: 167 kg (seco)

Sensação de liberdade, assim foi a primeira vez que pilotou. “A viajar de carro vemos a paisagem, mas de moto, fazemos parte dela. Pilotar é indescritível, somos nós, a moto, e o ar a fluir-nos pelo corpo.”, ilustra o colaborador da Casais. “Claro que, para além desta parte sensível, existe um lado negro. O som libertado pelos escapes é viciante e, na base, somos indivíduos que andam de um lado para o outro, sentados em cima de um motor com peças, que se movem a alta velocidade e altas temperaturas. Colmatando isto, com um depósito carregado de combustível”, acrescenta. Por isso, confessa, tem muito respeito pelas motos.

 

Pouco depois de a comprar, descobriu que havia um clube de proprietários de Triumph, em Portugal, e decidiu tornar-se sócio. Começou a marcar presença nos eventos, e fez amigos. Em 2011, foi convidado pelo Presidente a fazer parte dos órgãos sociais do Clube, como elemento da direção. No início deste ano, e após a retirada do então presidente, Nelson foi indicado por alguns sócios: “Acabei por aceitar, claro! Não foi logo, porque eram muitas responsabilidades e tive receio. Até porque havia outras pessoas, que estavam no Clube há mais tempo. Mas a paixão falou mais alto”, afirma Nelson.

 

Depois de ponderar e de receber apoio em casa, decidiu aceitar o cargo de Presidente do Triumph Moto Clube de Portugal, para o próximo biénio. O Clube, explica, é composto por cerca de 60 sócios pagantes e comemora este ano 25 anos de existência. Este é o segundo clube monomarca mais antigo do país: “Temos sócios ativos que remontam ao ano de fundação”, refere. As suas funções passam por gerir as contas, organizar assembleias, encontros, convívios e passeios, e ainda angariar novos sócios: “Sempre que vejo Triumphs na rua, abordo os proprietários, para lhes falar do Clube e convidá-los para os eventos.” É um trabalho que exige alguns fins de semana mas, com a ajuda dos colegas, acaba por ser gratificante.

 

Nelson já tem ideias para projetos a realizar nos próximos dois anos. Anualmente, são organizados três grandes eventos de dois dias (fim de semana): em maio, o passeio “Tripeiro”, pelo norte; em julho, o “Alvôco”, na zona centro perto de Serra da Estrela, que é o evento principal do Clube; e em outubro, o passeio “Chaparro”, por terras Alentejanas. Este ano, em setembro, terão uma viagem internacional, de quatro dias, aos Picos da Europa.

 

Os participantes percorrem o país de mota, maioritariamente em estradas secundárias e param para visitar locais de interesse. “O mais importante é pilotar. Somos habitualmente entre 30 a 40 sócios, todos de idades diferentes. Este é um clube eclético. Temos até sócios com motos de outras marcas! Todos são bem-vindos. Somos como uma família.”, explica.

 

A paixão pelas motas está-lhe no sangue. Um dia, revela, gostaria de realizar o sonho de ter uma oficina de preparações e restauro de motos. “Gostava de ter um projeto meu. Quem sabe, acompanhado pelo meu filho… um dia. Talvez quando ele crescer, e se apaixonar também por elas”, confessa Nelson.

TRIUMPH MOTORCYCLES

A primeira moto da Triumph foi projetada em 1902 e ficou conhecida como a Nº 1. A marca inglesa começa a contar a sua idade a partir desta data, apesar de ter começado a funcionar em 1883 com o fabrico de bicicletas.

 

Em 1937, a Triumph lançou um modelo que se tornaria um ícone durante anos: a Speed Twin. Conhecida como Tiger 100, foi a maior referência na construção de motos até aos anos 80. Na época, este modelo era capaz de andar a 145 km/h, a Honda, por exemplo, só viria a conseguir este registo em 1969. O modelo de dois cilindros da Triumph bateu todos os recordes de vendas e obrigou os outros fabricantes a inovar e a lutar entre si para venderem os seus modelos de um cilindro.

 

A Triumph é uma marca de culto. Hoje em dia é conhecida pelos seus emblemáticos modelos neoclássicos como a Bonneville, a Thruxton ou a Scrambler, mas a referência da marca são sobre tudo os seus motores Tri-cilindricos.

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