Entrevista #9

26 de abril 2016

 

Maria José Pires

ENGENHEIRA AMBIENTAL | VOLUNTÁRIA

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Alimentar o corpo e a alma!

Nacionalidade: Portuguesa

Naturalidade: Vilar de Veiga, Gerês

Idade: 42

Função: Responsável da Qualidade

No Grupo Casais desde 2008 (8 anos)

Ver, escolher, pegar e separar. Durante duas, três, quatro ou cinco horas…

Maria José, Responsável pela Qualidade, não esconde a excitação na voz, quando relata os seus dias como voluntária no Banco Alimentar Contra a Fome (BA). “Recomendo vivamente! Nem dou pelo tempo passar. Pessoas bem dispostas, ambiente saudável que faz bem ao corpo e à alma!”, atira com um sorriso nos lábios.

 

Tudo começou numa reunião da ACGC. Já Fernando Pessoa dizia, “primeiro estranha-se e depois entranha-se”. No início um pouco a medo, agora conta os dias até à próxima recolha. O BA é um exemplo de empenho e organização, explica: “Posso dizer que é uma experiência, acima de tudo, enriquecedora”.

Contudo, acredita que não é um trabalho para qualquer pessoa… Quando questionada sobre quais os ingredientes fundamentais para fazer voluntariado, Maria José rapidamente põe a disponibilidade e paciência no topo da lista. Voluntária de ‘backstage’, a responsável ajuda na separação e embalamento dos produtos alimentares, no armazém. “Admiro muito quem vai para os super-mercados fazer a recolha e tem de lidar com todo o tipo de pessoas. Honestamente, eu acho que não conseguiria”, confidencia. “Prefiro estar com a equipa de interior”, conclui.

“Recomendo vivamente! Nem dou pelo tempo passar. Pessoas bem dispostas, ambiente saudável que faz bem ao corpo e à alma!”

Mais informações sobre o projeto que a Maria José Pires apoia:

 

Banco Alimentar contra a fome | Braga

 

www.braga.bancoalimentar.pt

Contudo, acredita que não é um trabalho para qualquer pessoa… Quando questionada sobre quais os ingredientes fundamentais para fazer voluntariado, Maria José rapidamente põe a disponibilidade e paciência no topo da lista. Voluntária de ‘backstage’, a responsável ajuda na separação e embalamento dos produtos alimentares, no armazém. “Admiro muito quem vai para os super-mercados fazer a recolha e tem de lidar com todo o tipo de pessoas. Honestamente, eu acho que não conseguiria”, confidencia. “Prefiro estar com a equipa de interior”, conclui.

 

Gargalhadas, música, ritmo acelerado (principalmente aos domingos, dia de fecho) e cooperação. Os fins de semana de recolha nunca são um sacrifício, antes um privilégio: “Para ajudar os outros tem de ser de boa vontade. Estar obrigado, não funciona!”. Desconhecidos que se tornam companheiros de campo e pessoas que nunca se viram, rapidamente, são colegas que funcionam em sincronia, harmoniosamente coordenados.

 

“É a magia do BA. Todos trabalham para o mesmo. Claro que há sempre momentos de stress. Mas mesmo nesses momentos, não vejo ninguém irritado ou mal-humorado, continua a ser tudo tranquilo...”, relata Maria José.

O cansaço, esse é difícil de descrever. Junta-se ao sentimento de dever cumprido e à satisfação de ter feito a diferença numa causa e, posteriormente, na vida de alguém. Participar numa atividade onde há um interesse bem comum não tem preço, mas paga tudo aquilo de que se abdica para estar, duas vezes por ano, a alimentar esta iniciativa. “Sem dúvida, se pudesse, fazia disto a minha vida. Era incapaz de não fazer nada”, confessa.

 

São nos momentos de crise, que a solidariedade despoleta de forma mais intensa. Ver pessoas em situações de risco leva a que mais e mais gente estenda a mão, “sente-se de forma diferente”, acredita Maria José.

Com esperança de mudar o mundo, uma recolha de cada vez, a voluntária a part time diz que, se lhe fossem concedidos poderes mágicos para transformar a realidade, começaria pelos idosos: “Acho que são negligenciados, na generalidade, e menos suscetíveis de serem ajudados.”

 

O Banco Alimentar Contra a Fome concedeu-lhe uma nova forma de ver o Mundo e de encarar as coisas à sua volta. Ajudar é um vício, revela. Depois de começar, não é possível parar. “Parece que só nos sentimos completos quando somos úteis para os outros. E eu, encontrei o equilíbrio.”, confessa.

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