Entrevista #11

20 de junho 2016

 

João Moreira

TÉCNICO INFORMÁTICO | ATLETA

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The hills are alive!

 

Lema de vida

Nada é impossível, basta acreditar!

Nacionalidade: Portuguesa

Naturalidade: Vila Verde

Idade: 36

Profissão: Técnico de Sistemas Informáticos

Função: Técnico Informático

No Grupo Casais desde 2010 (6 anos)

Por vales e montes, nasceu para a aventura. A aldeia formatou as origens e a Natureza está-lhe no ADN. Onde uns veem loucura, ele vê paixão. A montanha é o seu refúgio. O suor, as quedas e o massacre muscular são apenas efeitos secundários, superados pela adrenalina de competir e pela espetacularidade de se cruzar com lugares verdadeiramente únicos, que carrega para sempre na memória.

 

Mesmo antes de se ouvir falar em trekking, modalidade que consiste em realizar percursos pedestres, João Moreira já se ousava por caminhos da Serra do Gerês, com apenas 16 anos. Com altos e baixo – literalmente – confessa que o grande objetivo é chegar ao topo da montanha. E é fora da empresa que o informático deixa a realidade virtual e se dedica a atividades outdoor: BTT, corrida de montanha e até equitação. A combustível de pura energia, João precisa de desafios para se sentir verdadeiramente feliz.

“Em casa tenho uma parede cheia de dorsais. Guardo-os todos, rasgados, desfeitos ou sujos, tenho-os comigo…

Para quem os vê, não significa nada. Agora, para mim… cada um representa uma história, que eu recordo e revivo sempre que olho para eles”

Há cinco anos começou a competir, há três conheceu o duatlo (circuito que combina corrida e bicicleta). “Em casa tenho uma parede cheia de dorsais. Guardo-os todos, rasgados, desfeitos ou sujos, tenho-os comigo”, confessa João. “Para quem os vê, não significa nada. Agora, para mim… cada um representa uma história, que eu recordo e revivo sempre que olho para eles”, conclui com um brilho nostálgico.

 

Mas nem só os dorsais são os seus companheiros de luta… “Gosto de correr em grupo e já arrastei uma ‘trupe’ comigo”, explica. A ‘trupe’, de seu nome ‘Tomba Montes’, privilegia o convívio entre participantes e famílias: “Somos sete e organizamos sempre coisas que juntem as famílias. Caminhamos e descobrimos lugares típicos, perdidos no meio da Natureza. É fantástico!”. Também na Casais, João é o impulsionar do grupo ‘Casais a Correr’, que junta colaboradores, nos vários países, em caminhadas e corridas tardias.

 

O tiro de partida é música para os seus ouvidos. A adrenalina, alimento para o corpo e alma: “Quando passa muito tempo, acabo por sentir falta das competições”. Testar os limites, esquecer o Mundo é o verdadeiro prémio. “Sofrimento” físico é o preço a pagar. Mas João não se importa. Sobrevive às provas com a ideia certa de que a próxima será em breve.

 

Com uma tendência para escolher atividades de cariz solidário, João Moreira revela que teve já algumas distinções, mas isso “não é o mais importante” para o informático. “Gosto de me inscrever em provas difíceis, onde atletas profissionais participam e onde sei que não consigo ganhar. É exclusivamente pelo desafio”, diz em tom divertido. A competição tem um papel fundamental, mantém o espírito vivo e o corpo ativo.

 

João olha para a vida como uma montanha. O mais importante é o percurso. As paragens, as descobertas e até os imprevistos. No topo da sua montanha, o atleta a part-time vê alguns objetivos. Comprar uma bicicleta elétrica para “quando não tiver pernas para pedalar” é uma delas. Com uma mochila às costas, sapatilhas e, sobretudo, tempo, João diz-se a pessoa mais feliz do Mundo. “Um dia, gostava, não só de participar, mas também de organizar grandes expedições… 15 dias, um mês, a pé ou de bicicleta!”, corrobora com uma alegria, verdadeiramente, contagiante.

 

E é esta necessidade de movimento que o mantém vivo. E é esta vontade de encontrar novos caminhos que o tornam a pessoa que é. E é esta paixão que João põe em tudo aquilo que faz.

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