Entrevista #25
28 de agosto 2017
Humberto Pina
ENGENHEIRO MECÂNICO | MOTORISTA DE TUK TUK
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Explorando o Mundo de Tuk Tuk
Nacionalidade: Portuguesa
Naturalidade: Unhais da Serra, Covilhã
Idade: 26
Função: Diretor Adjunto de Obra AVAC (estágio)
No Grupo Casais desde dezembro 2016
Em que mercados/empresas do Grupo já trabalhaste? HidroCNT
Lema de vida: Não tenho um lema de vida, mas gosto de um excerto do poema 'Tabacaria' de Álvaro de Campos.
“Não sou nada.
Nunca serei nada.
Não posso querer ser nada.
À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.”
Humberto nasceu na tranquila cidade da Covilhã, longe do caos e confusão das grandes cidades. Mas, assim que se mudou para a capital, cedo se adaptou e partiu à descoberta dos melhores recantos de Lisboa. Palmilhou a cidade de uma ponta à outra, fascinado pela sua cultura, história e energia. Aí, foi fácil perceber que os turistas cresciam de dia para dia e, consequentemente, surgiam os Tuk Tuk.
Foi através de um amigo que o engenheiro da Casais que teve a sua primeira experiência como motorista de Tuk Tuk. “Ele já conduzia e eu achava muito engraçado e bastante descontraído. Por isso, acabou por me convencer”, revela. Assim, em maio de 2015, tornou-se condutor ‘oficial’ nos tempos livres.
“Uma viagem nunca é igual, é sempre uma experiência diferente. Chegava a trabalhar três e quatro dias por semana e havia sempre coisas novas para conhecer”
Começou por ser um hobbie, mas o gosto pela história e pela cultura, fez com que a atividade perdurasse. Sempre que tinha tempo livre, corria a cidade. “Uma viagem nunca é igual, é sempre uma experiência diferente. Chegava a trabalhar três e quatro dias por semana e havia sempre coisas novas para conhecer”, admite.
Gosta de mostrar uma cidade rica em história e cultura: “É um ambiente divertido e relaxado, as pessoas estão de férias e querem aproveitar”. Cada volta é uma aventura “cada experiência é única e nunca se repete, acabando por não se tornar um trabalho monótono, há sempre pessoas e roteiros diferentes”. Aquilo que mais gosta, explica, é conhecer novas culturas, “novas gentes” e recantos escondidos numa cidade que julgava já dominar.
Em cada passeio, uma história: “Há alguns episódios engraçados, como quando os Tuk Tuk não sobem as colinas e os clientes têm de sair para empurrar, acham engraçado e não se importam nada de ajudar”. Conta ainda que, de vez em quando, ouve várias peripécias, como turistas que não conhecem o país e questionam se “do outro lado da ponte 25 de abril é o Algarve”. “As despedidas de solteiro são sempre bastante divertidas, quer para quem conduz, quer para quem vai atrás”, confessa.
Assim que começou a sua jornada como Diretor Adjunto de Obra AVAC, na HidroCNT, o tempo começou a escassear, mas isso não o fez desistir do hobbie. Neste momento, Humberto encontra-se a trabalhar na Casais Gibraltar, pelo que colocou o seu passatempo em stand-by. Contudo, garante que gostava de voltar a Portugal e continuar a conduzir o seu Tuk-Tuk. “É um part-time que acaba por ser bastante interessante. Até a minha família quis experimentar e conhecer a cidade através do meu olhar”, confessa.
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