“Opto por ser bom numa única área e especializar-me na mesma, quero ser o melhor, não apenas mediano.”

Para além desta atividade, também é fã de desportos motorizados. Então, resolveu unir as duas paixões, e começou a registar provas de Rally. Publicava as fotos que tirava nesses eventos nas redes sociais, que acabavam por se tornar um sucesso. Rapidamente começou a receber propostas para fotografar provas. Assim surgiram os primeiros clientes. Primeiro pequenos pilotos, depois grandes nomes do Rally nacional e internacional. Com o aumento da carteira de clientes, veio também a necessidade contratar mais técnicos para o ajudar a dar resposta a todos os pedidos que recebia. Assim, nasceu a Go Agency, dedicada a desportos motorizados, fundada por Geraldo e Ricardo.

 

Hoje, é composta por oito pessoas especializadas em fotografia de desportos motorizados, que não têm mãos a medir. Já realizaram a cobertura do Campeonato Nacional de Rally, o Campeonato Nacional de Todo Terreno, o Campeonato Nacional de Trial, o Europeu de Rally nas Canárias, o Rally de Montecarlo, o Rally Legends, e ainda algumas provas do Rally Mundial.

 

Além de colaborar na Go Agency, o Técnico de Manutenção da Opertec realiza trabalhos fotográficos, relacionados com outros desportos. Regista jogos de futebol da Primeira Liga de Futebol, da Liga Europa e mesmo jogos da Champions para o jornal O Correio do Minho.

 

Para tirar a fotografia perfeita, muitas vezes, coloca a sua vida em perigo. “Já tive de fugir de carros descontrolados, que saíam das rotas. Também tive situações com carros a voar e quase a aterrar em cima de mim. Felizmente, tudo correu pelo melhor”. No final, consegue fotos fantásticas e escapa sem um arranhão. É por isto que adora o seu trabalho como fotógrafo: toda a aventura, a emoção e o risco.

 

Já foi convidado para realizar outro tipo de cobertura fotográfica, em casamentos, batizados e festas. Mas confessa não ser uma área que o cative. Por isso, prefere não fazer. Admite: “Opto por ser bom numa única área e especializar-me na mesma, quero ser o melhor, não apenas mediano.” Um dia, quer realizar um Dakar. Diz que a emoção de fotografar uma prova tão longa e com condições tão extremas seria um sonho.

 

A parte mais difícil da sua vida, entre Técnico de Manutenção e fotógrafo, é mesmo ter tempo para tudo. “Às vezes queria que uma semana tivesse dez dias, para conseguir fazer tudo”, explica. O tempo livre é dedicado à fotografia: a limpar o equipamento, a editar fotos, preparar novas provas, a estudar mapas…

 

Esta atividade deixou de ser apenas um hobbie e passou a fazer parte do seu dia-a-dia, está sempre presente. Desde que conheceu a fotografia, começou a ter uma visão diferente daquilo que o rodeia e, às vezes, passa por locais ou situações e pensa “isto dava uma foto perfeita”. Então, pega no telemóvel e tenta captar o momento. Não tenciona abandonar a carreira como técnico de manutenção mas, admite, quer continuar a alimentar esta paixão pela fotografia.