Entrevista #8

29 de março 2016

 

Filipe Barros

ORÇAMENTISTA | FOTÓGRAFO

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Luzes, câmara, ação!

 

 

Lema de vida

Viver e deixar viver!

Nacionalidade: Portuguesa

Naturalidade: Braga

Idade: 32

Função: Orçamentista

No Grupo Casais desde 2005 (11 anos)

Sempre gostou mais de ver o Mundo através da lente da câmara, qualquer que fosse ela. A vida ganha outra perspetiva. Fotógrafo e videógrafo aos fins de semana e nas férias, Filipe Barros tem nesta arte mais do que um segundo rendimento: uma alternativa à realidade.

 

Já lá vão quase dez anos desde a sua primeira experiência. De “mãos a tremer” e extremamente “nervoso”, Filipe recorda esse dia. “Foi um batizado no Bom Jesus. Estava muito ansioso, mas depois de chegar ao laboratório e ver o resultado final fiquei mais descansado”, confessa.

“Ainda me lembro das crianças!”, afirma.

O risco é grande, a margem para o erro, essa é pequena. Filipe atribui o seu trabalho a uma espécie de dom natural: “Eu pegava na máquina fotográfica, apontava e a foto saía bem, sempre enquadrada. E assim o ‘bichinho’ foi crescendo…”

“Os primeiros trabalhos foram os que mais me deram prazer, porque parecia que nenhum momento era igual ao outro. Se bem que, por vezes, sentia-me ‘engolido’ pela festa, com tantas coisas a acontecer.”

Quase como uma paixão que arrebata, este hobbie chegou-lhe recheado de curiosidades. “Fazia muitas perguntas sobre o funcionamento das máquinas e a própria técnica de fotografia. Então, o meu colega convidou-me a trabalhar com ele.” E assim começou esta história de amor. O traquejo era pouco. A vontade de aprender imensa: “Nunca tirei nenhum curso de vídeo ou fotografia, fui aprendendo porque explorei sozinho. E, claro, ia vendo e fazia igual.”

 

Com a inexperiência de principiante, veio também o entusiasmo ao rubro: “Os primeiros trabalhos foram os que mais me deram prazer, porque parecia que nenhum momento era igual ao outro. Se bem que, por vezes, sentia-me ‘engolido’ pela festa, com tantas coisas a acontecer.” ISO, RAW, Jpeg e abertura de lente. Nem os termos mais técnicos intimidaram Filipe ou o impediram de se aventurar no mundo da fotografia e dos vídeos. Considera-se “sortudo” por ter a oportunidade de trabalhar no que gosta e ainda tirar algum proveito financeiro.

 

Congelar aquela lágrima, aquele sorriso ou aquele abraço é a magia da fotografia. Registar o movimento e torná-lo vivo durante décadas é o segredo do vídeo; e todos os fatores contam: espaço, disposição das pessoas e condições climatéricas. “As pessoas recordam mais a foto, tem mais ‘toque’”, admite. “De certa forma, eu fico na memória. Faço parte de um dia muito especial para toda a família. E é por isso que sou lembrado”, confessa com orgulho.

 

Encara cada segundo de uma celebração como se de uma pedra preciosa se tratasse. Existem momentos que só acontecem ali, “se falhar, podem existir outros mas, aquele, nunca mais volta”, explica. E é a procura por esta unicidade que exige muita concentração e foco. O momento, acredita, é irrecuperável, “não há segundas oportunidades” depois de o instante pertencer ao passado.

De câmara em punho, Filipe também é fotógrafo longe das multidões dos casamentos e dos batizados. Os olhos focam-se na Natureza e nas cores quentes. “Estou habituado a fotografar pessoas, por isso, sempre que posso, aproveito um pôr do Sol ou uma paisagem.”

 

Amizades, conhecimentos e recordações. Do “Mundo da Fotografia”, como lhe chama, traz uma mão cheia de coisas boas. As menos boas, essas ficam esquecidas. “É muito gratificante acompanhar o crescimento dos miúdos, por exemplo. Às vezes faço o batizado e depois a comunhão e fico impressionado como o tempo passa!”, afirma. E é nisso que se traduz a beleza da arte de filmar e fotografar: imortalizar o dia, a hora, o momento e o sentimento.

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