Entrevista #18

30 de janeiro 2017

 

David Araújo

ENGENHEIRO CIVIL | ATLETA

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No Pain, no Gain!

Nacionalidade: Portuguesa

Naturalidade: Lisboa

Idade: 26

Função: Diretor de obra adjunto pelo programa Arte e Engenho

No Grupo Casais desde agosto de 2016

Em que mercados/empresas do Grupo já trabalhaste? Casais Engenharia e Construção, Portugal

 

Lema de vida: Não tenho um lema de vida, mas baseio-me muito no compromisso. Tento encarar tudo em que estou envolvido com o máximo compromisso, com bastante seriedade mas nunca deixando de ser extrovertido!

“Até não dar mais”, é assim que David começa esta entrevista. Jogador de rugby pelo Centro Desportivo Universitário de Lisboa (CDUL) desde os 13 anos e treinador desde os 19, este engenheiro civil divide o seu tempo entre a equipa, o emprego, a namorada, a família e os amigos. A trabalhar na Casais desde o ano passado, o atleta não tenciona desistir facilmente do desporto!

 

Incentivado pelo pai e desafiado pelos amigos, foi a um treino de rugby. A partir daí, até hoje, a atividade preenche-lhe a vida. Abdicar de tempo de qualidade com aqueles de que mais gosta para poder “honrar o compromisso” tornou-se rotineiro para o diretor de obra adjunto. “Não vou dizer que é fácil… Mas todos me apoiam por saberem os valores que o rugby me transmite e o que significa para mim!”, explica.

 

 “Gostei da essência do desporto”, David chama-lhe “instinto”. Em campo, é feliz e dá tudo o que tem. Sem nunca esquecer a equipa, seriedade é a palavra de ordem. Apesar de se autocaracterizar como divertido, o jovem confessa adotar uma postura focada na vitória, conseguindo abstrair-se de tudo aquilo que não está em campo. “Apesar da competitividade, não é um desporto agressivo. Temos muita amizade e união aqui. Mas, infelizmente, Portugal ainda está virado para o futebol e não há grande margem de progressão”, lamenta. Além dos jogos aos fins de semana, David tem ainda treinos e planos a cumprir no ginásio. Como qualquer desporto, o rugby torna-se bastante exigente a nível físico. Mas os desafios não o assustam: “Sem aquilo [rugby] fico diferente. Não seria a mesma pessoa sem o rugby.”

“Não vou dizer que é fácil… Mas todos me apoiam por saberem os valores que o rugby me transmite e o que significa para mim!”

Além de jogador, David dá treinos às camadas mais novas. Ajudar os mais pequenos a evoluir e observar as dinâmicas de uma outra perspetiva tornam-no melhor atleta e companheiro de equipa. “Sendo treinador, os miúdos olham para mim como um apoio. Sempre gostei de crianças e consegui que muitos deles seguissem o desporto. Hoje jogam comigo e alguns deles tornaram-se excelentes e, espero que consigam ser melhores do que eu alguma vez fui!”, explica. Não falhar, querer sempre ser melhor e pensar em equipa são algumas das coisas que o rugby lhe trouxe.

 

Para o jovem engenheiro, crescer acompanhado de um desporto só pode trazer benefícios: “É o espírito de sacrifício, é abdicar de noites com os amigos para descansar porque no dia seguinte há jogo... Tudo constrói o sentido de responsabilidade e cumprimento do dever. Mas compensa… Os campeonatos ganhos e todas as recordações acabam por ser mais importantes!” Tolerância à adversidade e vontade de chegar cada vez mais longe foi aquilo que o atleta trouxe do rugby para a engenharia civil.

 

“Nunca tinha pensado nisso, mas a direção de obra e esta modalidade não são assim tão diferentes… É preciso pensar em grupo, pois qualquer erro pode ser fatal em ambos os campos”, explica. Nas duas esferas, David põe toda a sua dedicação e trabalho, pois acredita que só assim será capaz de vingar. E junta uma pitada de paixão, para o toque final.

 

Atualmente a recuperar de uma lesão que o impossibilita de praticar atividade física, diz não conseguir estar muito tempo longe do rugby: “Tenho muita vontade de jogar, mas tento ocupar-me e não pensar muito nisso.” Com um misto de saudade e adrenalina, afirma, sem restar dúvida, que pretende continuar. “Estou a tirar um novo curso de treinador e não pretendo afastar-me do rugby. Vai sempre haver aquele bichinho. Simplesmente, não me vejo longe disto”, confessa. E, quando o amor passa a necessidade, David sabe que não há forma de escapar.

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