Entrevista #33

30 de abril 2018

 

Ana Simões

DESIGNER INDUSTRIAL | TUNANTE

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Da música para o design

Nacionalidade: Portuguesa

Naturalidade: Barcelos

Idade: 26

Função: Designer Industrial

No Grupo Casais desde 2017

Em que mercados/empresas do Grupo já trabalhaste? Portugal

 

Lema de vida: A vida está a começar, a vida é um só dia.

Desde pequena, a música sempre fez parte da vida de Ana. A Designer Industrial da Casais cresceu em grupos corais. Quando chegou à universidade, as amigas apresentaram-lhe a Tuna Universitária do IPCA. Não conhecia, mas decidiu experimentar. Agora, já lá vão oito anos e continua a fazer parte deste grupo. Canta, toca guitarra, dança, faz de tudo um pouco. Trabalha por um objetivo comum: fazer crescer a Tuna e levá-la mais longe.

 

Ana cresceu bastante, não só na vertente artística e musical, mas também como pessoa. Foi na Tuna que aprendeu a tocar guitarra, logo no primeiro ano. Quando entrou, era um grupo pequeno, mas foi evoluindo e crescendo e, hoje, o número de pessoas duplicou. Muitas entraram e outras saíram. A maior parte da Tuna feminina é composta por pessoas que já trabalham. Apenas um número reduzido de elementos está a estudar. Apesar desta diferença, o ambiente que se vive é de união: “É uma família, a minha segunda família. Quando temos algum problema, quando não nos sentimos bem, sabemos que temos ali quem nos apoie”.

“Ninguém fica para trás e todas lutamos pelos mesmos objetivos”

Na Tuna aprendeu o significado de companheirismo: “Ninguém fica para trás e todas lutamos pelos mesmos objetivos”. Antes de entrar, a designer industrial da Casais era muito reservada e envergonhada. “Não falava muito, nem tinha muitos amigos”, explica, revelando ainda que a tuna a ajudou a lidar com diferentes tipos de pessoas. “Há colegas com personalidades e feitios muito diferentes e temos de saber lidar com todas”, afirma. Também o facto de terem espéculos em várias zonas do país faz com que conheçam novos sítios e novas paisagens: “Há muita interação com outras tunas, mas o sentimento de tunante é o mesmo, por isso torna-se fácil criar amizades”.

 

Entre aulas e ensaios, pouco tempo sobrava para amigos e família, mas Ana conseguia conciliar todas as atividades. Mais uma valência que aprendeu com a Tuna: a organização e gestão de tempo. Hoje, essa gestão torna-se ainda mais importante, com os ensaios semanais.

 

A designer da Casais não pretende seguir uma carreira musical, mas quer continuar a tocar na Tuna. Acredita que foi este grupo que a ajudou a crescer, “é um apoio, uma forma de relacionamento, onde se aprende a confiar nas pessoas, a ser solidária.” “É um crescimento a todos os níveis”, corrobora.

 

Para a tunante, é muito mais do que “festas e espetáculos”. Ana olha para a Tuna como um grupo de amigas, unido, que tem um objetivo comum: criar uma reputação, crescer, levar o nome da Tuna, da universidade e da cidade a todo o país.

 

Mas nem só de festivais vive a Tuna Universitária do IPCA. Aliam-se muitas vezes a causas solidárias, criam espetáculos para angariação de bens, divulgam e animam lares de idosos, por exemplo. Todos os anos procuram ajudar crianças com necessidades especiais. Criaram o evento “IPCA Solidário”, onde fazem uma atuação cultural, convidam outros artistas e tunas e todas as receitas são doadas para apoiar a causa. Mesmo depois da doação, mantêm o contacto com as crianças, visitam-nas, e continuam a prestar ajuda: “É recompensante, sentimo-nos realizadas.”

 

Ana quer continuar ligada à Tuna. É mais do que um passatempo. É amor. É um sentimento inexplicável que a faz continuar tunante.

 

Mais informações sobre a Tuna Feminina do IPCA em: www.facebook.com/tfipca

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